terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Mensagem de Boas Festas

Caros leitores,
desejo-vos um santo Natal com tudo de bom, muita saúde e felicidade, bem como uma passagem de ano estupenda; e que neste novo ano que se avizinha consigamos "evoluir" a nossa mentalidade, de maneira a salvarmos de nós mesmos o planeta que habitamos.

Muita esperança para todos!

domingo, 21 de dezembro de 2008

The Simpsons - Homer Evolution

Muito visto, inclusive em outros blogs, mas não deixa de ser interessante =P

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

"Rooting the tree of life by transition analyses"

Apesar dos grandes avanços no esclarecimento da Árvore da Vida, ainda surgem dois grandes problemas, filogenéticos: por um lado ainda não se chegou a uma concordância sobre qual a sua raiz e, por outro, também não se sabem que propriedades possuíam as células mais antigas. Neste artigo Thomas Cavalier-Smith pretende dar uma possível resposta a estes problemas.

As proteínas paralogue trees podem, teoricamente, localizar a raiz, mas são contraditórias devido aos artefactos de reconstrução da árvore ou a má resolução. Ribossomas e enzimas de manuseamento de DNA sugerem uma localização entre os Neomura (eucariotas + arqueobactérias) e as eubacterias, enquanto as enzimas metabólicas a colocam dentro das eubactérias, mas em lugares contraditórios. A paleontologia mostra que as eubacterias são muito mais antigas que os eucariotas; tal, juntamente com as provas filogenéticas de que o grupo dos arqueobactérias e o dos eucariotas são irmãos não ancestrais, implica que a raiz não esteja dentro dos Neomura. Análises de transição, envolvendo desenvolvimento comparativo e argumentos selectivos, podem polarizar grandes transições e sistematicamente excluir a raiz dos maiores clados que possuam caracteres derivados, sendo possível localizá-la, contudo a sua localização exacta permanece controversa...

Neste trabalho o autor analisou 13 grandes transições das eubacterias, mostrando como todos eles podem ser congruentemente polarizados. A evolução dos Proteasome mostra que a raiz universal está fora do clado que compreende os Neomura e Actinomicetes, o que contraria a ideia geral de que se encontraria entre as eubacterias e os Neomura.
Conclusão: as clorobacterias são provavelmente as bactérias mais antigas e as arqueobactérias as mais recentes, sendo que as Posibacterias se encontrarão no passo intermédio. O último ancestral de toda a vida é uma eubacterias com membranas lipídicas acyl-ester, grande genoma, paredes “murein peptidoglycan”, e com completa biologia molecular e divisão celular eubacteriana.

(Cavalier-Smith 2006)

Para mais alguma informação relacionada: http://bacterialphylogeny.info/signature.html


Em jeito de curiosidade, mas dentro deste tema, refiro o “Tree of Life Web Project”. Um projecto em curso na internet que divulga a diversidade da vida na Terra e a sua filogenia.
http://tolweb.org/tree/phylogeny.html

domingo, 14 de dezembro de 2008

Resumo do 2º livro escolhido para a valiação - Quem Tem Medo de Charles Darwin? - O Problema da Selecção Natural

Este livro de Teresa Avelar, Margarida Matos e Carla Rego, editado por Relógio D’Água em Lisboa (Maio de 2004) está organizado em quatro capítulos, cada um deles com subcapítulos. De referir que a capa apresenta, sobre fundo alaranjado, uma figura de Darwin e uma outra de um pequeno macaco. A relação com a primeira das figuras é óbvia, visto que é o autor d’A Origem das Espécies; a relação com a segunda figura advém de aquele macaco ter sido uma das espécies descobertas durante a viagem do Beagle.

As autoras começam por fazer uma breve introdução biográfica a Darwin e à publicação d’ A Origem das Espécie, assim como à viagem do Beagle, seguindo-se um state of art daquilo que se passava antes da publicação da mencionada obra, nomeadamente no que diz respeito à questão das espécies e à filosofia da ciência da época em Inglaterra. Inerente a este assunto, sucede-se uma dissertação a cerca da teoria da selecção natural, referindo as principais etapas do raciocínio de Darwin e a influência que a obra de Malthus teve para este último, sendo mencionadas as razões que levaram Darwin a atrasar a publicação do seu livro. Adiante, no terceiro capítulo, é relatada a resposta da comunidade científica à teoria darwinista, evidenciando-se o manifesto dos apoiantes, Huxley, Asa Gray, Haeckel ou Wallace, e simultaneamente o discordar de figuras como Owen, Mirvat ou Kelvin. No entanto, os próprios apoiantes de Darwin, não se encontravam totalmente de acordo com as suas ideias, e alguns, como Asa Gray, acreditavam num intuito divino. Por fim, a última parte desta obra denota a reacção da comunidade ciência à selecção natural após Darwin. Nesta altura ocorria uma disputa entre mendelistas e biometristas. Os primeiros estudavam variações descontínuas, mutações bruscas do material genético, demonstrando que qualquer teoria evolucionista deveria ser saltacionista. Já os biometristas, com as suas experiências, apoiavam as variações contínuas e defendiam que não se poderia ser simultaneamente darwinista e mendelista. Eventualmente verificou-se que ambos os lados seriam conciliáveis, e o conjunto dos novos argumentos genéticos vieram mais tarde a desencadear o aparecimento do Neodarwinismo.
Relativamente a esta obra literária há a reter que a teoria darwinista não foi prontamente aceite pela comunidade científica e que ainda hoje uma facção dela não a assimilou totalmente, apoiando-se essencialmente em argumentos religiosos ou tautológicos. Ou seja, ainda há quem tenha medo de Darwin.
O texto segue uma organização cronológica desde a fase pré-darwinista (fixista) até aos nossos dias, apresentando-se diversas notas numéricas a meio do texto que nos encaminham para pequenos textos que se encontram no final do livro. Esta organização permite-nos contextualizar o tema desde os seus primórdios e, pouco a pouco, ir acrescentando mentalmente as descobertas que se vão descrevendo, contribuindo de tal forma para uma melhor compreensão do texto/tema, assim como para a formação de uma consciência crítica em relação ao mesmo. Contudo, o facto de as notas estarem no fim do texto, e não no rodapé, obriga-nos a parar a leitura para ir ao fim do livro ver a nota. Além disso, muitas das notas aludiam apenas a referências bibliográficas, o que me parece despropositado, visto que o livro apresenta no final a sua própria bibliografia. Seria mais adequado, em minha opinião, apontar as notas numéricas que apenas se referissem a bibliografias para a própria bibliografia do livro.

Aconselharia este livro a todos aqueles que tenham algum fascínio pelo evolucionismo e pela história das ciências e que já tenham algum conhecimento de base sobre Selecção Natural. Isto porque o livro apresenta, de uma forma clara, e de uma perspectiva histórico-cultural, os acontecimentos que ocorreram desde antes de Darwin até praticamente à actualidade, assim como todas as implicações que advieram das novas descobertas no âmbito da evolução. Contudo, para quem não tem nenhuns conhecimentos sobre a biologia evolutiva, poderá ser um livro demasiado confuso.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

«Quem tem medo de Darwin?»

Caros leitores, aqui segue um pequeno trecho da obra que irei apresentar dentro de dias. Trata-se de um enquadramento histórico-cultural, referindo as reacções da comunidade científica à proposta de Selecção Natural de Darwin, desde que foi publicada até que foi aceite na generalidade.

“Julga-se, em geral, que após a publicação de “A Origem das Espécies”, de Darwin, em 1859, a sua teoria conquistou a comunidade científica. No entanto, esta ideia é uma simplificação. Darwin propôs duas teorias: a de que ocorreu evolução, e a de que a evolução foi por selecção natural. Só a primeira foi aceite. A teoria da selecção natural nem sempre o foi, muitas vezes por motivos extra-científicos. A descoberta das leis da genética pareceu inicialmente refutá-la. Só a partir dos anos 30 do século XX é que a comunidade científica a aceitou maioritariamente, embora ainda surjam dúvidas, novamente em geral por razões extra-científicas. Ou seja, ainda há quem tenha medo de Darwin.”

Quote of the day...

"The affinities of all the beings of the same class have sometimes been represented by a great tree... As buds give rise by growth to fresh buds, and these if vigorous, branch out and overtop on all sides many a feebler branch, so by generation I believe it has been with the great Tree of Life, which fills with its dead and broken branches the crust of the earth, and covers the surface with its ever branching and beautiful ramifications." Charles Darwin

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Quote of the day...

"Habits form a second nature." Jean Baptiste Lamarck

sábado, 6 de dezembro de 2008

Quote of the day...

"Ignorance more frequently begets confidence than does knowledge: it is those who know little, and not those who know much, who so positively assert that this or that problem will never be solved by science" Charles Darwin